segunda-feira, junho 05, 2006

Phonsekeorema XXIX

Porra, que azar!!!
Pois é, o Phonseka ainda anda cá, no mundo, não tem é sido no mundo da Internet, muito menos no mundo dos blogues, pois não tem havido tempo, ao contrário de trabalho, esse sim, felizmente, ou não, tem havido algum. O outro algum, do outro tempo que não tenho trabalhado, há, o não haver paciência para escrever parvoíces…
Mas pronto, para mal dos vossos pecados voltei, não sei se assiduamente, pelo menos já escrevi algo…
Ora aqui vai uma coisa que me tem atormentado desde pequeno, e acho que isso teve o seu que de culpa no estado a que chegou a meu cérebro.
Venho-vos falar de um assunto que pelo menos uma vez na vida a vossa mãe vos deu o exemplo de alguém que fez alguma coisa que não devia ter feito, para nos assustar, e para nos fazer pensar duas vezes antes de fazermos o quer que nos fosse na cabeça. E começa sempre com algo do género:
"Havia um menino...! Que tinha a tua idade que não comia a sopa, e nunca mais cresceu!!!”…
Tive a pensar no coitado do miúdo, gostava de saber o que é feito dele, como se tem safado agora, por onde tem andado... é que realmente é preciso ser muito azarado. Não é só por não ter crescido, não, porque eu lembro-me de a minha mãe falar muitas vezes no raio do rapaz.
Além de todos os amigos ficarem a saber que ele sujava a tampa da sanita com xixi, e que mijava na cama, o rapaz não se portava bem e não recebia prendas do pai natal. Era um desgraçado, só fazia asneiras e foi para um orfanato. Fazia caretas e a cara dele ficou com a forma dessas caretas. Não se portava em condições nos hipermercados ou no comboio, veio um senhor com um saco e levou-o (ai esta mais um senhor que gostava de saber o que é feito dele). Mentia muito e começou-lhe a crescer pêlos na língua, brincava com o fogo e fazia xixi na cama, não bebia leite e ficou sem dentes, não comia fruta e começou a contrair doenças graves, uma vez não pôs protector solar quando foi para a praia e contraiu um cancro de pele, não estudava e teve que ir trabalhar paras as obras enquanto os amigos gozavam com ele, arranjou umas más companhias e começou a roubar até ser apanhado e ir para uma casa de correcção, experimentou álcool uma vez e agora é bêbedo, experimentou um cigarro uma vez e ficou viciado até querer meter-se na droga e agora anda aí a pedir. Vá lá que o rapaz comia cenouras e ficou com uns olhos bonitos, menos mal…
Mas para maior humilhação, todas as mães do país conhecem o gajo! Pior ainda é que eu fiz tudo aquilo e não me aconteceu nada...!
Porra, há gajos sem sorte...
Phonseka ©