quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Phonsekeorema XXVIII

Aperta aí o Bacalhau
Cá vai mais uma teoria, promovida a Phonsekeorema, desta escrita em 17 de Março de 2005...
Na imbecil teoria de hoje vou-vos revelar mais uma realidade do nosso quotidiano, que de certa forma não se enquadra nos hábitos higiénicos do ser humano actual, e se pensarmos bem, nem nos hábitos dos humanos, sejam lá eles de que tempo foram, mas quem liga a isso?!?
Falo-vos da misteriosa, bacalhauzada… E não falo do fiel amigo, mas sim daquele gesto aparentemente amistoso que apenas algumas pessoas não o fazem diariamente, pessoas essas que são os manetas, ehehehe… Falando de coisas “sérias”, a bacalhauzada é aquele gesto que as pessoas fazem umas às outras normalmente com a mão direita, já que se diz que com a esquerda dá azar... pois.
Estendem-na aberta, com o polegar erecto e agarrando na mão do outro individuo que está a realizar o mesmo gesto e “pimba”, começam a sacudir o braço para cima e para baixo, como se de uma colectiva masturbação masculina se tratasse…
É um gesto como outro qualquer, uma forma de cumprimento acompanhada de um simbolismo que varia desde o “atão pá, tás bom?" até ao “comé que está sôtor!” e ainda pode incluir entre muitos outros um “venham de lá esses ossos” acompanhada com umas castadas nas costas com a outra mão (versão portuguesa).
Enfim, é o típico gesto inventado pela rapaziada máscula que não seria vista nem morta a dar um beijo nem que fosse ao avô, mas gosta de um contacto físico vigoroso aprovado socialmente. Há coisas com tanta lógica testosteronal como a bacalhauzada, que um dia alguém me há-de explicar em que consiste o “apalpar” do material aos amigos com uma murraça seca e inevitavelmente dolorosa para quem recebe esse “cumprimento”, mas pronto, é de macho…
Mas voltando à bacalhauzada, encaro esse, um dos mais badalhocos hábitos no grandioso mundo dos cumprimentos. Não pelo inocente gesto em si, mas pelas bactérias e afins que a mão estendida pode esconder para quem a aperta. Passo a explicar.
Toda a gente sabe que a rapaziada tem o hábito de mijar de pé. Não se sabe porque, mas é assim que as coisas funcionam há vastíssimos séculos. Ora, dado que a genética envolvendo esse acto, não se compadece dessa mania, para não molhar os pés, recorre-se à mão para que o material, que normalmente tem o nosso nome, mas no diminutivo, se eleve e o jacto saia para a frente e não para os sapatos.
Pronto, sendo assim ficaria tudo bem, ou não, mas não fosse a sacudidela…
A sacudidela serve para que o Phonsekinha (agora chamem-lhe como quiserem) fique bem sequinho, não vá ele pingar na cueca, apesar da ultima gota ser sempre lá que cai.
É assim, ele fica sequinho mas, e as mãos? Pois é, na próxima vez que apertarem a mão a um amigo, o simbolismo do gesto seja: “No fim, foi lavada?”, e não limpando o resto das pingas nas costas do colega...
Phonseka ©

sábado, fevereiro 11, 2006

Phonsekeorema XXVII

Não és Ninguém...

Ando tão afastado das lides bloguistas que nem me apercebi que o blog fez dia 9 de Fevereiro um aninho... Tanta imbecilidade num ano, é obra...
Mas vamos ao que interessa... Mais uma vez promovi um texto meu, desta feita escrito em 27 de Fevereiro do ano passado.
Ninguém: (Do latim Ne(c)quem), tem o significado de nenhuma pessoa, desconhecido…
Nada: (Do latim nata de nulla res nata), tem o significado de não existência, ausência e quantidade, coisa nenhuma, inanidade, ninharia, nonada, bagatela, inutilidade…
E chateado com o amigo disse-lhe: “Não és ninguém…”
Em que o amigo responde: “Pois!!!”
Vamos lá ver uma coisa, ninguém é ninguém, é um desconhecido, algo que não existe. Se é assim, porque raio dizemos em tom de ofensa, ou tentativa disso, que fulano é ninguém?
Se queremos ofender alguém, não podemos expressar uma ofensa dizendo que esse nosso inimigo, essa malévola personagem que ainda à minutos era meu aliado na vida, em tudo, de repente, rouba-nos o action men, o carrinho que até deitava fogo, ou mesmo começou a gostar da miúda que eu também gostava tanto, aquela do 4º ano… é alguém!!!
Não, não e não! Meninos, na guerra não podemos desvendar a nossa parte fraca. Se queremos ofender o nosso ex amigo, roubem-lhe também a miúda, ou façam o que quiserem, mas não lhe digam que ele é alguém…
Pronto, visto isto assim, quase na brincadeira, ninguém é ninguém, por isso não podemos ofender alguém dizendo-lhe “não és ninguém”. Pois, ele é alguém, por isso não pode ver as ofensas proferidas como insulto.
Ninguém, nada, ausência, patavina, nicles, é o significado de coisa alguma, nem podemos falar duma coisa, se o seu significado “não existe”, ele próprio diz peva…
Lá está, até falando assim, do significado de ninguém, temos que dizer que o próprio significado diz… nada.
Nada e ninguém é nada e acabou, digam-me que não sou nada e eu agradeço a tentativa, estúpida, asinina, lerda de me tentar insultar…
Pensemos antes de falar…
Phonseka ©