quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Os dedos mindinhos...

Os dedos mindinhos:
O dedo mindinho do pé nasceu assim, periférico, acompanhando o conjunto dos restantes dedos. Há quem dê por ele (gostava de conhecer essa pessoa), mas o que é certo é que não consigo ver uma utilidade para esse mal fadado dedo. Quase um rococó, o mindinho fica ali, acompanhando o movimento dos dedos de verdade, mas sem qualquer funcionalidade. Muito já se falou sobre o futuro do mindinho, tratado assim no diminutivo mais por desprezo que por carinho.
Devem-se estar a perguntar, porquê o dedo mindinho do pé. Porque o primo mindinho do dedo mindinho que falo, o dedo mindinho da mão, já tem a nojenta e vergonhosa função para alguns portugueses, e atenção que falo daqueles verdadeiros “com pedigree”, aqueles que o utilizam para envergar na sua extremidade um verdadeiro “canivete português multifunções”, para a sua higiene pessoal e não só. Podem até utilizá-lo como arma branca, ou mesmo simplesmente como objecto de estatuto social. Há algumas tribos que colocam uma argola nas beiças, argolas essas que quanto maior, maior o seu estatuto e/ou mesmo religiões, como os judeus, que deixam aquelas, também magnificas tranças mescladas com umas farfalhudas barbas semelhantes a um ser mítico que veste um fato vermelho e é barrigudo. Pois bem, os nossos portugueses, não querendo ficar atrás, escolheram deixar crescer uma verdadeira obra de arte, inútil, que não se enquadra minimamente dentro dos padrões convencionais de beleza, a UNHACA…
Normalmente, esses seres, estão providos de outros acessórios que deixam transparecer facilmente a identificação dos utilizadores desse “canivete português multifunções”, como são a pulseira de ouro, o relógio em metal 5 números acima, a camisa aberta para deixar refulgir o “esquilo” que trazem agarrado ao peito, abrilhantado com o belo do fio também ele de ouro, entre outros…
Mas voltando aos dedos, que destes personagens falarei numa próxima oportunidade, o nosso dedo mindinho do pé, aquele que só lhe consigo vislumbrar uma utilidade, está fadado ao esquecimento, ao desmembramento até. Esse apêndice reboludo, pequeno, que nem espaço tem para uma unhazinha, está ali confinado num canto do pé, muitas das vezes subjugado, amassado se quiserem, pelos outros dedos, esses sim com alguma finalidade. O dedo mindinho do pé, à semelhança de muitas características em nós, que nos ligavam aos nossos longínquos antepassados, estão a desaparecer ou já desapareceram. Eu sou da opinião que este nosso trivial, banal, corriqueiro, insignificante dedo mindinho do pé fosse também colocado na lista de órgãos a serem dispensados à nascença… Sei que estou a ser muito extremista, mas para quê ter uma coisa que não nos serve de nada? É que este nosso dedo mindinho do pé, nem sequer tem corpo para ter "bedum" como diria a minha avó…
Bom, agora que estou a terminar devem estar à espera que eu diga afinal onde é que vislumbro o raio da utilidade para este dedo mindinho do pé. Pois é, já me esqueci. Seria uma utilidade à sua imagem, trivial, banal, corriqueiro, insignificante…
PHONSEKA

2 comentários:

Anónimo disse...

Realmente acho q mais ninguém se lembraria de dissertar sobre o dedo mindinho do pé... Só mesmo tu... A verdade é que n tem nenhuma utilidade conhecida mas tb n me imagino sem ele e causa-m alguma estranheza imaginar o pessoal só cm 4 dedos... Além disso o dedo mindinho do pé tem um certo charme... É aquele dedo fofinho e pequenino q n serve pa nada mas fica bué giro... O dedo mindinho da mão já é discutível... Se para acabar cm a mania a unhaca for preciso exterminar todos os dedos mindinhos, tens toda a minha ajuda... =)

Bisinhus

Anónimo disse...

realmente o dedo mindinho do pé é um assunto que tem pano para mangas... ou melhor, pano para meias... eu diria que por mim nem pés tinhamos... não gosto de pés... se não fossem tão necessários... e quanto ao dedo mindinho: Andreia a minha avó paterna podia muito bem tirar o dedo mindinho do pé, e mesmo assim ficaria com 5 dedos! SIM tenho uma familia estranha...
Quanto ao habito dos portugueses de gema... eca! Arghhh! Um nojo! E além do esquilo junta-lhe a gordura no cabelo... a mania horrorosa dos carecas em pentear aqueles dois pelos que têm na cebeça, deixar crescer e fazer risco ao lado!!! Se bem que é giro vê-los quando há vento!! HIHIHI! E o palitinho no dente! e o arroto e coçar o saco! Phonseka cá te deixo uma ideia para mais uma dissertação: hábitos nojentos dos portugueses de raça!

Kisseites e abraceites!