quinta-feira, março 03, 2005

O copo penetrado pelo apêndice saliente da face…


Ora bem, estava eu um dia a beber um refrigerante amarelo, com umas bolhinhas a subir pelo copo numa animação esfusiante, numa correria até ao cocuruto do copo, amalgamando-se na espuma branca que o cobria, quando dou por mim a fazer uma coisa que se muitos ligassem, e/ou mesmo reparassem, não beberiam de copos alheios. Olhando para o copo e para essas imensas bolhinhas, começo a reflectir sobre mais uma fastidiosa e inconveniente teoria, se assim se pode chamar…
De que é que estou a falar?
Do horroroso acto de colocar a nossa penca, a nossa máquina de fazer ranho, completamente dentro do copo enquanto bebemos ressarcidos a nossa bela e afável bebida.
Sei que é um acto do nosso quotidiano, e concerteza já reparam nesse acto inestético e pouco asseado, mas…
-“ Olha, desculpa, essa bebida é tua?”
-“É sim…”
-“Dás-me um golinho?”
-“Sim, toma.”
E damos por nós a ver discretamente, onde algures no copo estão as marcas labiais e lambuzadas que o Dono da bebida deixou… Deparamo-nos com tais marcas, e orgulhosos do nosso acto salutar, viramos o copo para o lado oposto, sabedores que esse lado está casto, e… colocamos os nossos rebordos bocais precisamente onde esse nosso Amigo acabara de colocar o narigão.
Não me considerem um partidário da boa moral e dos bons costumes, até porque também efectuo tal acto, uma vez que não estamos a matutar segundo a segundo o que está para além dos actos normais do nosso dia a dia. Nem digo que quem beba sedento do copo de outrem, seja imediatamente fulminado por um raio luminoso vindo de onde quer que seja, o chamado raio que o parta. Mas se nos imaginarmos a colocar as nossas beiças na penca do Amigo, mesmo sendo indirectamente, já se fica de pé atrás.
Bom, uma das opções, mesmo não sendo uma opção que não foge nem fica imune a toda esta sordidez, seria beber no local intermédio do “gargalo” do copo, local esse que fica precisamente entre as impressões labiais e o local onde o apêndice olfactivo esteve deposto, o que faz com que não seja assim tão boa ideia…
Já agora, o tal refrigerante amarelinho com tantas bolhinhas simpáticas, que corriam para se misturarem com a cremosa espuma branca, era como obviamente já lá chegaram, a verdadeira “bejeca”…
PHONSEKA

3 comentários:

Anónimo disse...

Tu é que te passas ó PHONSEKA

Anónimo disse...

Sobre este assunto o que tenho a dizer é: Não metas o NARIZ onde não és chamado:)
Markito

Anónimo disse...

agora só bebo da garrafa!!! Tens noção que és um desmancha prazeres!! :P