sábado, novembro 26, 2005

Phonsekeorema XXI

Shake, shake, shake...
Vou desde já que avisar que neste Phonsekeorema, vou abordar um assunto sério em particular, mas que é apenas um exemplo dos muitos gestos que temos no quotidiano.
Todos os dias realizamos pequenos gestos que nos passam desapercebidos, mas somando esses gestos, vemos que perdemos parte da nossa vida a fazer esses gestos.
Esses gestos são automáticos, inatos portanto. Mas a sociedade acabou por nos incutir outros gestos, e na infinidade desses gestos do nosso quotidiano, venho com este Phonsekeorema abordar o acto de abanar o pacote de açúcar, que sim, é um acto agora inato, mas que foi inculcado pela sociedade…
Pois bem, quantos de nós, ao tomar-mos a bela da bica, não abanamos o pacote de açúcar para que ele fique apenas de um lado do pacote?
Ora, só neste gesto perdemos, em média 3 segundos, os mais rápidos, imaginem os mais lentos. Mas tendo como padrão esses 3 segundos, e se por acaso tomarmos 3 cafés por dia, ao fim e um ano teremos 3285 segundos gastos, ou seja, são cerca de 55 minutos por ano gastos, a abanar pacotes de açúcar.
Isto se tivermos em conta que o padrão que aqui descrevi, pois nem quero imaginar o tempo gasto a abanar pacotes de açúcar, se contar com os pacotes de açúcar dos galões, e do simples copo de leite, já que esses normalmente trazem dois pacotes, o que daria o dobro do tempo… e os que tomam mais de três cafés por dia? Ui…
Portanto, fazendo as contas, e espero não me enganar, eu que tenho 27 anos, e já devo tomar café sensivelmente desde os meus 16 anos, já gastei cerca de 605 minutos, o que perfaz sensivelmente 10 horas a abanar pacotes de açúcar, só na bica…
Agora aqueles mais levianos devem estar a pensar, se fossem outros pacotes… Mas isso seriam outras contas…
Se estamos numa sociedade de consumo imediato, em que se vende pão de forma já fatiado, porque não vender pacotes de açúcar já abanados? Não seria má ideia, poupávamos tempo...
Digo eu…
Phonseka ©

quarta-feira, novembro 23, 2005

Phonsekeorema XX

Uma Expressão Parva
Cá está a nova casa dos malfadados Phonsekeoremas…
Após vários dias diante do computador, sempre que podia e a net me deixava, cá modifiquei o blog por completo.
Estive a pensar, a tentar encontrar algum template na net que me satisfizesse, e nada, tudo muito “feito”. Foi quando pensei em ter um trabalho extra e fazer um desde o início, um todo feito por mim, um cuja imagem reflectisse mais a imbecilidade do conteúdo dos textos.
Penso que está ainda um pouco inacabado, mas com o tempo e com mais paciência vou modificando aqui e ali até ficar precisamente como o idealizei – não ainda não está. Assim mais parece um rascunho, mas tá bom assim, por enquanto –.
Se por acaso tiverem alguma opinião de como melhorar, ou outro tipo de comentário, faxavôr de dizer, comentando nos Phonsekeoremas, ou emailando-me…
Já agora queria agradecer os comentários no post "Anuncio anuncioso", o qual avisava que iria entrar em remodelação no blog, mas por ordenamento do blog com Phonsekeoremas, delectei esse post, no qual iam incluidos os vossos comentários, obrigado na mesma.

Começando então assim mais um Phonsekeorema, o duo décimo, queria falar sobre uma verdadeira expressão inconsciente do português. É natural que escapem variadíssimas expressões no nosso dia a dia, a nós e aos outros, mas eu, quero falar mesmo de uma expressão dita vezes sem conta, vezes essas que se formos a ver, em nenhum dos casos tem lógica, senão vejamos:
Numa situação, por exemplo, em que já não vemos alguém à muito tempo, e de repente a voltamos a encontrar. A conversa começa animada, mas após se termos dito o que temos feito, aparecem as constrangedoras frases do Pois, tem que ser. É a vida AMIGO
Épa, mas tem que ser o quê? É a vida, amigo, o quê???
Tenho a impressão que o português diz, pois, tem que ser. É a vida amigo, seja qual for a situação, o local, a pessoa ou o contexto, tem é que ser dita, com a pose habitual, ou seja, mãos atrás das costas, corpo a balouçar e aí está mais um ambiente de elevador, mas em plena rua, centro comercial, super-mercado, etc...
Ainda ontem, estava no balneário do health club, onde dou aulas, no meio do silêncio vira-se um:
- Cliente 1 – Então, por cá novamente?
- Cliente 2 – Pois tem que ser…
- Cliente 1 – Pois é amigo, é a vida, os anos já pesam, temos que continuar a trabalhar o corpo…
- Cliente 2 – Pois, tem que ser...
E assim se tem uma conversa, em que um dos individuos apenas disse TEM QUE SER...
Meus amigos, agora sou eu que digo. Se tem que ser, é porque será um sacrifício, se é um sacrifício evitável, evitem-no…
Não me admira nada que o, pois, tem que ser. É a vida amigo, seja tão banalizado e tão estupidamente empregado que um dia alguém diga:
- Individuo 1 – Áh e tal, amanhã vou pegar na faca do mato que tenho em casa e vou começar a matar quem me aparecer à frente…
- Individuo 2 – Pois, tem que ser. É a vida amigo, é a vida…
Mas o mais comum é mesmo no centro comercial, ou no supermercado, em que se encontram dois amigos e lá vem a bela da pergunta estupidamente retórica, a “então às compras?”, ao qual o outro responde, pois tem que ser, retorquindo o primeiro, é a vida.
PORRA!!!

Acho que já perceberam a ideia deste Phonsekeorema, por isso, até ao próximo, que agora tenho que ir trabalhar, pois tem que ser, é a vida meus amigos…
Phonseka ©

sexta-feira, novembro 04, 2005

Phonsekeorema XIX

Qual o tamanho?
VOLTEI!!!!!!!!
É o que dá não ter tido net estes dias, só agora que estou em casinha finalmente posso escrever.... Ufa!!!
Ufa??? Ufa porquê... não tenho nada de jeito para escrever...
Mas pronto, enquanto escrevia este início lembrei-me de um tema bastante controverso, e que para não variar me anda a mexer com o meu senso.
Ora, eu ainda sou do tempo, em que o pão de forma era pão de forma, não vinha fatiado. Era pão, mesmo pão, e cada um cortava-o consoante o seu gosto. É certo que esse pão ainda existe, mas o que me chateia é que há uns anos atrás um gajo qualquer, resolveu começar a vender o pão de forma já partido ás fatias...
Ui, esse pão vendeu e vendeu, foi um grande sucesso, de tal maneira que basicamente 95% do pão de forma agora é vendido assim.
Ok, ok... tudo bem que dá jeito, é mais rápido...
Mas, e seu eu quiser uma fatia mais grossa? Pode muito bem apetecer-me uma fatia mais grossa que aquela que está no pacote. Por exemplo, se eu quiser eu quiser uma torrada de pão de forma e quero uma torrada grossa? O que é que eu faço? Porque é que não posso ser eu a escolher o tamanho da fatia? Quem é que definiu o tamanho da fatia?
Que estudos fizeram para definirem aquele tamanho como o tamanho standard?
Podem estar a pensar, e pensam muito bem, que se eu quiser escolher a grossura da fatia, que compre do pão de forma que ainda não está fatiado, ao que respondo, que não estou a falar desse pão, por isso não me estraguem o Phonsekeorema, que de mau já tem a ideia.
Eu não concordo com aquele tamanho!!! Acho-a fina demais, e ainda por cima, quando vamos para pôr manteiga o raio da fatia “rompe-se” fazendo sempre sujar a mão de manteiga.
E tostas mistas? De tão finas serem as fatias, depois de prensadas ficam da grossura inicial da fatia de fiambre que tínhamos lá colocado.
Acho que devia haver uma alínea na Constituição que nos consagrasse o direito a escolher o tamanho da fatia do pão de forma, de modo a evitar a imposição por parte das grandes multinacionais, do tamanho da fatia!
Proponho uma solução... ponham na mesma embalagem de pão de forma, fatias de diferentes tamanhos!Assim, teríamos as fatias grossas para barrar com manteiga, fazer uma bela francesinha, etc.
Teríamos dentro do mesmo saco, uma fatia média, para uma torrada, uma tosta mista, e afins.
E por ultimo ainda teríamos as fatias finas que serviriam para barrar queijo fresco, doce, patê, etc…
Claro que podiam estar dentro do mesmo pacote, como podia haver um pacote de fatias finas, outro de fatias médias e um de fatias grossas…
Assim sim... mas esperem aí!!!E quem é que definia o que era uma fatia grossa ou média ou fina, e qual o seu tamanho?!?
Oh! Que se lixe... vou comer um croissant...
Phonseka ©