terça-feira, outubro 25, 2005

Phonsekeorema XVIII

Fazê-lo no WC Público
Há coisas que mesmo que toda a gente faça, não porque quer mas porque necessita, que estupidamente nos constrange quando não estamos na privacidade da nossa bela e acolhedora sanita, a lá de casa. Falo claro de defecar (achei que defecar fosse mais bonito e suave que cagar, mas pronto…)
Vou-vos esclarecer o porquê de mais um post que fala desta bela arte que é cagar (o primeiro foi o Phonsekeorema IV).
Bom, este fim-de-semana tive que passar pelo Centro Comercial para fazer umas compras, quando de repente a minha barriga começa a fazer uns sons estranhos, que claramente queriam dizer, “procura um altar de porcelana rapidamente”. Apressei-me a procurar uma, e quanto mais andava mais a barriga apertava.
Não sei algum de vocês já teve que cagar numa dessas casas de banho públicas, mas digo-vos que enquanto estamos sozinhos é uma maravilha, mas se está alguém, bem…
De certeza que já sentiram como é constrangedor estar à vontade com mais pessoas a utilizar as sanitas vizinhas, apenas separadas por um pedacinho de contraplacado, ainda para mais aberto por baixo, com a única finalidade de denunciar o “cagante” pelos sapatos quase tapados pelas calças nos tornozelos…
Nesses casos temos várias situações que se nos podem deparar, a primeira e a melhor para nós é encontrarmos a casa de banho completamente vazia, pois aí podemos aproveitar para, ler as inscrições na porta, verdadeiras frases poéticas… a que eu gosto mais é daquela escrita pequenina, que para a lermos temos que nos debruçar, levantando por isso o rabo da sanita, e quando conseguimos ler o que diz aparece: “Se consegues ler isto é porque estás a cagar fora da sanita!“, fantástico…
Depois podemo-nos soltar livremente, sentar descontraidamente e fazer a sinfonia que nos apetecer e deliciar-nos com o eco produzido pelas paredes de azulejo. Para mim uma das coisas que as sanitas deviam ter era braços e encosto como as cadeiras, mas isso é outra conversa...
Outra situação é a que nos põe a nós e a 2 ou mais pessoas a utilizar as sanitas ao mesmo tempo. Nesta situação, apesar de estarmos protegidos pelo anonimato, não convém começar a soltar efusivamente. O bom do anonimato é o de os nossos vizinhos ficarem sempre na dúvida de qual das guaritas vem semelhantes rugidos e com sorte pode ser que um dos vizinhos aceite o repto e entre numa competição ao desafio de ver quem mais faz estremecer as divisórias dos lavabos o que sempre dá um ar cultural ao acto de defecar…
O ponto final deste acto e para demarcarmos a nossa categoria, é tentar acabar primeiro que os outros, sair para lavar as mão, esperar que saíam os vizinhos de semelhante obra, e olhar para eles com ar reprovador deixando-os pensar que estamos indignados pelo comportamento tão repulsivo cometido por eles e sair de peito feito e com uma moral do caraças…
Para concluir, teria que falar da pior situação que nos pode acontecer, que é estarmos a sós com outro individuo….
Sentamo-nos na sanita e ficamos ali caladinhos à espera que eles façam um som, só que do outro lado também ele está à espera que sejamos nós a soltar o primeiro som… e ali se fica num impasse, com uma vontade enorme de soltar um turbilhão, que seja dita a verdade, orgulhosamente sustemos, pois não queremos ficar mal, e aliás, fica bem deixar ser o outro a largar-se, cortesias.
Então fica-se ali a esganar o dito e tentar não deixar sair nem de mansinho um pequeno pufffff !!!
Quando se quebra o silencio, pois não podemos estar ali o dia todo é que é… BRUUUUAAAA (som de toda merd@ a sair de alivio), uau!!! Mas lá está, não podemos demorar porque se o vizinho é o primeiro a acabar e vai embora, então aí, tá tudo lixado…
Mas pronto, sempre podemos esperar e soltar mais uns, pois supostamente já lá não está.
Mas, contudo, no momento que vamos para sair é que se ouve o secador das mãos, afinal ele não tinha saído!!! Porra!!!
Lá temos que ficar pelo mais meia-hora fechados à espera que ele se vá embora… e mesmo assim de certeza que quando sairmos da casa de banho, ele vai estar escondido num canto qualquer para ver a cara do infractor…
E assim se escreveu mais um Phonsekeorema, além de imbecil, um pouco merdoso, mas nada que não estejamos habituados… Até ao próximo.
Phonseka ©

6 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma bela postagem acerca dessa bela arte que é o "polvilhar mostarda na porcelana".
De facto, com tanta banda de merd@ que para aí anda, só não sei porque é k não surgiu ainda uma banda que se instrumentalizasse com os sons góticos de uma bela xorrada intestinal, essa sim seria a verdadeira banda de merd@, e não uma dessas bandas de merd@ k adoptam essa designação apenas pela sua qualidade cheirar mal.
K dizes a começar-mos a verdadeira banda de merda, phonseka? Tu cagavas para dentro de uma guitarra, eu cagava para dentro de uma bateria e arranjávamos um vocalista que, através de uma operação à marilyn manson cagasse para a própria boca...
Era só afinarmos o sopro anal e era um sucesso garantido!

Müs disse...

Isto sim, é um post de merda! Ao contrário de muita gente, eu não tenho nada contra o "obrar" em casas de banho públicas (embora me recuse a fazê-lo quando as pessoas decidem fazê-lo por TODA a casa de banho...). Tenho uma especial predilecção por faze-lo no IPG... Casa de banho limpinha, sossego, sábias inscrições de esferográfica nas portas, risos galináceos das estudantes em som de fundo... tudo se conjuga para (e desculpem a expressão) UMA BELA CAGADA!
Além disso, todo o meu sistema excretor rejubila com a ideia de a próxima pessoa a frequentar essas instalações sanitárias ser algum membro do corpo docente da instituição... o próprio intestino redobra esforços para que a atmosfera do local fique bem carregada de odores que entrem penetrantemente nas narinas do doutor...
Parabéns Phonsy, por te referires a essa incompreendida arte de CAGAR (no W.C. público)!

Vagabundo disse...

eheheh... posso afixar este texto na cagadeira privada do boss? só por uma questão de as ideias fluirem com mais cheiro rsrsrsr

Abraço Vagabundo

Carla disse...

risos!!! mas que belo texto!!!!
Bjx

Squeezy disse...

OK...tenho de me ior habituando a estas teorias..lol..eu axo k esta é msm daquele tipo de cenas, que já nos deve ter acontecido a todos, mas k tipo!! comentar pra k?...E aí está a nossa resposta, foi pra isso k alguem se lembrou de criar o....


PHONSEKEOREMA XVIII

Jardas disse...

a sério... de certeza que bates bem? acho que o demasiado calor do verao e as acentuadas chuvadas de agora tiveram sobre o teu cérebro já danificado, um efeito devastador devido à alteraçao climatérica e ao choque térmico!!! (fonix que essa explicaçao científica saiu-me bem...)